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Desenvolvimento Cognitivo 

A primeira infância e o desenvolvimento cognitivo das crianças

A médica italiana Maria Montessori, dedicou anos de trabalho para melhorar desenvolvimento cognitivo de crianças com dificuldades. Ela foi a criadora do Método Montessori que é aplicado em milhares de escolas do mundo todo, auxiliando no desenvolvimento da autonomia e da concentração de crianças de todas as idades. Ótimo, mas o que isto tem a ver com o desenvolvimento cognitivo?

O Método Montessoriano pondera que o movimento e a produção das crianças é fundamental para o desenvolvimento pleno e saudável, colocando em cheque o costume de algumas famílias deixarem os brinquedos guardados para apenas alguns momentos, ou melhor, fazendo prevalecer o ideal de que as crianças devam ficar quietinhas, limpas e sem fazer bagunça o tempo todo. Crianças precisam se sujar, precisam experimentar, devem criar, necessitam realizar tarefas!

Escolhi a primeira infância, que vai até os 6 anos de idade, para ilustrar alguns pontos do método montessoriano, que de acordo com a minha prática, são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo pleno de crianças.

Inicio afirmando que os três primeiros anos de vida são determinantes para o desenvolvimento físico e psicológico de toda criança. No entanto, é durante toda a primeira infância, que os pequenos estarão muito receptivos para aprender novas habilidades, e dependendo do quanto foram estimulados, melhores serão os resultados no futuro. Assim, toda aprendizagem, seja ela tida na infância, ou não, só será possível por meio da exploração, da observação, da imaginação, da concentração e da repetição. Vou explicar melhor...

A exploração, que pode ser definida como a vontade de investigar o que existe e o que acontece com o uso dos sentidos e do movimento, se manifesta desde muito cedo na vida da criança, e pode ilustrar a necessidade dos pequenos de levar tudo que existe por perto à boca e de pegar em tudo que está em seu entorno. Nós, humanos temos necessidade de tocar e manipular nosso ambiente para conseguirmos entende-lo melhor, não é verdade? Por meio da exploração e da manipulação, conseguimos entender e aprender muita coisa nova. Por isto, de nada adianta ter um lindo brinquedo colorido, que faz barulho, etc, e não poder brincar com ele para que não estrague!

A observação é uma ferramenta necessária para tomarmos decisões coerentes. As crianças são extremamente observadoras desde o seu nascimento, focando todos os detalhes. É por esta razão que devemos respeitar os olhares demorados e o tempo das crianças para coisas que não nos chamam mais tanta atenção, ou vai dizer que você nunca parou alguns minutos para olhar uma formiga carregando algo maior que ela? E ao observar garanto que fez inúmeras perguntas para si mesmo e até imaginou situações com a formiga e a folha, não é? Lembre-se que uma criança tem muito menos experiência que você, portanto, ela precisa de oportunidades para presenciar, observar, desconfiar, imaginar, concluir, experimentar tudo que é novo para ela.

Crianças tem uma grande necessidade de repetir tarefas, já percebeu isto? Ao repetir uma determinada ação/atividade, ela estará alcançando um altíssimo nível de concentração que gerará o domínio de uma tarefa ou de uma nova habilidade e ainda, uma maior capacidade de atenção/concentração em tarefas mais complexas.

Depois de ler este texto, você percebeu que é interessante incentivar que os pequenos tenham autonomia para comer, para tomar banho, escovar os dentes, vestir-se, guardar os brinquedos, etc. Para isso ser possível é necessário esperar o tempo da criança, que com certeza será bem maior que o tempo do adulto e também respeitar resultados diferentes do que os resultados produzidos pelos maiores. Vou contar um segredo: quando interrompemos o trabalho de uma criança estamos transmitindo a mensagem de que isto que ela está fazendo não é tão importante assim, ou pior ainda, podemos estar dizendo involuntariamente que ela não é capaz.

É necessário ainda considerarmos a satisfação e a alegria dos pequenos ao realizar algo sozinhos. Por esta razão, qualquer que seja o avanço conseguido, deve ser incentivado. Como? Mostrando interesse pelo que a criança produziu; perguntando se a própria criança está orgulhosa com o seu feito; reafirmando a conquista; agradecendo; valorizando a aprendizagem, perguntado como foi feito ou pedindo para que a criança o ensine a fazer igual a ela.

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Por Dra. Maria Carolina Lolli 28 de outubro de 2025
Enigma: o jogo que desafia o cérebro e diverte ao mesmo tempo! Na FocoEnsina, acreditamos que aprender pode — e deve — ser uma experiência instigante, divertida e desafiadora. Foi com esse propósito que criamos o Enigma, um game de estimulação cognitiva pensado para crianças, jovens e adultos a partir dos 8 anos de idade. Como funciona? O Enigma é composto por cartinhas com comandos escritos sem espaços entre as palavras, como em um enigma visual e linguístico. O jogador precisa ler atentamente, segmentar mentalmente as palavras, interpretar o comando e executar a ação pedida. Parece simples? Experimente e descubra como o cérebro precisa trabalhar para ativar processos de atenção, leitura, compreensão e tomada de decisão rápida — tudo de forma divertida e envolvente. O que o Enigma estimula Cada rodada ativa múltiplas funções cognitivas: Atenção seletiva e sustentada Velocidade de processamento Leitura e compreensão textual Memória operacional (de trabalho) Planejamento e flexibilidade cognitiva Além disso, o jogo favorece a consciência linguística, ajudando o cérebro a reconhecer padrões de palavras, ritmo e estrutura da língua — habilidades essenciais para a leitura fluente e a escrita autônoma. Para quem é indicado O Enigma pode ser usado: Em salas de aula, como recurso de leitura e estimulação cognitiva; Em sessões terapêuticas (psicopedagogia, neuropsicopedagogia, fonoaudiologia); Em família, como um jogo divertido e educativo para momentos de lazer inteligente. Por que jogar Enigma? Porque o cérebro adora ser desafiado! Quando uma criança decifra uma carta do Enigma, ela ativa circuitos cerebrais que envolvem atenção, linguagem, memória e coordenação motora fina — pilares essenciais para o aprendizado. Enigma – o desafio que faz pensar, rir e aprender. Conheça mais sobre este e outros jogos da linha de estimulação cognitiva da FocoEnsina em nosso site:
Por Dra. Maria Carolina Lolli 17 de outubro de 2025
O PRELEC (Protocolo de Avaliação dos Pré-Requisitos para Leitura, Escrita e Compreensão) é uma ferramenta moderna e científica que acompanha o desenvolvimento cognitivo ao longo da vida , permitindo avaliações precisas e intervenções adequadas em cada fase do neurodesenvolvimento. Acompanhamento por fases da vida 1. Infância (5 a 7 anos) Consolidação da atenção sustentada e consciência fonológica ; Desenvolvimento inicial da linguagem estruturada e da coordenação motora fina; Formação das bases neurais essenciais para a alfabetização. 2. Infância intermediária (7 a 12 anos) Expansão da memória de trabalho e funções executivas ; Refinamento de habilidades de leitura, escrita e compreensão textual; Desenvolvimento do raciocínio lógico e sequenciação , importante para matemática e organização escolar. 3. Adolescência Aprimoramento da autorregulação, flexibilidade cognitiva e pensamento abstrato ; Maior capacidade de planejamento e resolução de problemas complexos; Consolidação da autonomia acadêmica e social. 4. Vida adulta e terceira idade Manutenção e monitoramento das funções cognitivas ; Identificação precoce de declínios cognitivos; Possibilidade de intervenções preventivas e de estimulação cognitiva , garantindo qualidade de vida e aprendizagem contínua. Integração com a neurociência O PRELEC se baseia em evidências neurocientíficas que mostram como: O córtex pré-frontal suporta funções executivas e planejamento; O sistema atencional e áreas temporo-parietais sustentam leitura e escrita; A mielinização e redes neuronais se desenvolvem em ciclos, exigindo avaliação adaptada a cada faixa etária. Essa abordagem permite que o protocolo não apenas avalie habilidades , mas também oriente intervenções pedagógicas e terapêuticas específicas para cada fase da vida . Benefícios do acompanhamento longitudinal com o PRELEC Diagnóstico precoce de dificuldades cognitivas e de aprendizagem; Planejamento de estratégias pedagógicas individualizadas; Monitoramento contínuo, garantindo que cada fase do desenvolvimento seja acompanhada com precisão; Apoio a professores, psicopedagogos e fonoaudiólogos na tomada de decisões pedagógicas e terapêuticas. Se você quer acompanhar o desenvolvimento cognitivo de forma científica, moderna e prática , o PRELEC é a ferramenta ideal para crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Por Dra. Maria Carolina Lolli 13 de outubro de 2025
O PRELEC (Protocolo de Avaliação dos Pré-Requisitos para Leitura, Escrita e Compreensão) vai além da avaliação de desempenho escolar: ele mede as habilidades cognitivas fundamentais que formam a base da alfabetização. Antes de aprender a ler e escrever, é essencial que a criança desenvolva pré-requisitos bem estruturados , garantindo que a aprendizagem seja eficiente e duradoura. Principais pré-requisitos para alfabetização 1. Atenção sustentada e seletiva A criança precisa manter o foco em atividades de leitura e escrita, filtrando distrações e codificando novas informações de forma eficaz . 2. Memória de trabalho Permite manipular e reter informações enquanto lê, escreve ou realiza cálculos, sendo crucial para compreensão e planejamento de tarefas. 3. Consciência fonológica Habilidade de identificar, segmentar e manipular sons da fala , fundamental para decodificar palavras e escrever corretamente. 4. Orientação espacial e temporal Essas habilidades são essenciais para: Compreender a sequência de letras e palavras; Organizar ideias no papel; Interpretar conceitos de tempo em textos e tarefas. 5. Funções executivas Incluem planejamento, flexibilidade cognitiva e autorregulação, permitindo: Organizar pensamentos; Resolver problemas; Adaptar-se a novas tarefas ou regras. 6. Coordenação motora fina A criança precisa desenvolver controle motor preciso para escrever letras e números , recortar, desenhar e usar materiais escolares. 7. Linguagem oral estruturada Uso adequado de vocabulário e construção de frases que facilitam a compreensão textual e expressão escrita . Como o PRELEC avalia esses pré-requisitos O protocolo combina tarefas práticas, observação detalhada e análise quantitativa , permitindo aos profissionais: Diagnosticar dificuldades precoces ; Planejar intervenções pedagógicas personalizadas ; Acompanhar o desenvolvimento ao longo do tempo , desde a alfabetização até a vida adulta. Cada tarefa é desenhada para ser clara, motivadora e cientificamente precisa , garantindo resultados confiáveis e aplicabilidade imediata no contexto escolar ou terapêutico. Relação com a BNCC e a neurociência O PRELEC está alinhado à BNCC , contemplando competências de: Reconhecimento do sistema alfabético; Consciência fonológica e fonêmica; Compreensão e produção textual; Raciocínio lógico, sequenciação e classificação; Funções executivas, como autonomia e pensamento crítico. Além disso, fundamenta-se em neurociência cognitiva , observando como: Dos 5 aos 7 anos: atenção e consciência fonológica se consolidam; Dos 7 aos 12 anos: memória de trabalho e funções executivas se expandem; Adolescência e vida adulta: autorregulação e pensamento abstrato se refinam. Se você quer garantir uma alfabetização sólida e preparar crianças para o sucesso escolar , o PRELEC é a ferramenta ideal para avaliar e fortalecer todos os pré-requisitos essenciais.
O que o PRELEC avalia?
Por Dra. Maria Carolina Lolli 10 de outubro de 2025
Se você deseja diagnosticar e potencializar o desenvolvimento cognitivo de crianças, adolescentes ou adultos, o PRELEC oferece uma avaliação moderna, detalhada e científica.
PRELEC: ferramenta científica para avaliar habilidades cognitivas e de aprendizagem
Por Dra. Maria Carolina Lolli 8 de outubro de 2025
Conheça o PRELEC, ferramenta científica da FocoEnsina para avaliar pré-requisitos de leitura, escrita e compreensão, voltada para avaliação de crianças e adultos.
consciência fonológica, alfabetização, neurociência cognitiva, leitura e escrita, dificuldades
Por Dra. Maria Carolina Lolli 5 de outubro de 2025
Descubra como a consciência fonológica transforma o cérebro leitor e potencializa a alfabetização com base na neurociência cognitiva.
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