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Por que estimular a coordenação motora fina? 

É incrível pensar que nosso corpo é composto por inúmeros músculos, controlados pelo cérebro, são responsáveis por todos os movimentos que realizamos, não é?

Eu sei que você nem se dá conta, muitas vezes, de como o seu complexo é complexo. Mas você deve concordar comigo: Como é incrível pensar que nosso corpo é composto por inúmeros músculos, responsáveis por todos os movimentos que realizamos e que todos eles atuam graças ao comando do cérebro! Se isso tudo não fosse coordenado, simplesmente não conseguiríamos fazer aquelas atividades mais simples do cotidiano.


Quando um bebê nasce, ele tem pouco controle sobre o próprio corpo. Ao longo de seu desenvolvimento, no entanto, vai adquirindo novas habilidades e atingindo conquistando marcos importantes responsáveis por ações mais complexas. À medida que o tempo vai passando, um gesto sem muito controle vai sendo definido e a criança vai refinando seus movimentos até se tornar capaz de manipular pequenos objetos e fazer gestos mais delicados, como escolher uma peça pequenininha dentre vários brinquedos.


Bom, se a coordenação motora é a habilidade de movimentar os músculos do corpo de forma organizada e precisa, o que exatamente seria a coordenação motora grossa e fina? Cada um desses grupos se refere a determinado tipo de músculos do nosso corpo e, portanto, a um tipo específico de movimento.


A coordenação motora grossa, por exemplo, está relacionada aos movimentos grandes que, por sua vez, são produzidos pelos nossos músculos maiores. Utilizar braços e pernas para andar, correr, dançar, entre outras atividades, representam nossas habilidades de coordenação motora grossa. Já a coordenação motora fina, está relacionada às atividades que exigem o movimento dos músculos menores do corpo: ela é acionada ao utilizar os dedos para escrever, digitar, encaixar peças pequenas ou pregar um botão… Mas até a movimentação dos olhos e dos lábios se encaixa na categoria, você sabia?


O domínio da coordenação motora fina vai ficando cada vez mais importante à medida que as crianças aprendem e dominam novas habilidades. É na educação infantil que a coordenação motora fina começa a ser trabalhada com maior complexidade para que no momento em que a alfabetização for introduzida a criança já tenha um bom controle sobre os músculos das mãos, habilidade que será extremamente necessária para que ela consiga aprender a manusear os lápis para escrever e, é claro, ter destreza também para realizar outros trabalhos como desenho, o recorte, a colagem, a pintura, etc.


 A boa notícia é que quanto mais se treina a coordenação motora fina, melhor ela será aprimorada. A seguir, traremos algumas dicas de atividades para fazer em casa! Lembramos, no entanto, que caso você perceba que existe um atraso importante no desenvolvimento motor do seu filho ou de seu aluno, a indicação é procurar um profissional adequado para realizar uma avaliação completa!


As brincadeiras são excelentes fontes de estímulos para inúmeros campos de aprendizado da criança, e isso não seria diferente com a coordenação motora. Atividades cotidianas também são excelentes momentos para treinar e ficar cada vez mais ágil, confira:


1. Massinha de modelar


Esse passatempo costuma ser um dos favoritos entre os pequenos e é ótimo para o treino da coordenação motora fina, já que eles precisam praticar muito o controle dos dedinhos para modelar e criar as formas que desejam.

Para incentivar, se a criança for bem receptiva, proponha desafios como o de fazer bolinhas de diferentes tamanhos e, de acordo com a habilidade da criança, aumente a dificuldade da proposta. Será que ela consegue modelar seu personagem favorito? Escrever com massinha a primeira letra de seu nome?


2. Jogos de encaixar formas


Desde o primeiro brinquedo de encaixar que o bebê tem acesso em seus primeiros meses de vida até os mais complexos quebra-cabeças e blocos de montar voltados, inclusive, para o público adulto, todos esses jogos propiciam o treino das habilidades de coordenação motora fina, dependendo, é claro, do nível e da idade da criança.

Além do significativo exercício cognitivo que é necessário para aprender a observar atentamente para entender cada peça deverá ser encaixada, a criança  precisa coordenar os movimentos dos olhos e dos dedos para encaixar cada pecinha em seu buraco adequado. Veja quanto isso trabalha, além da coordenação motora fina…


3. Brincadeiras com líquidos e recipientes


Transferir líquidos entre diferentes recipientes também é um treino interessante para os pequenos, e essa atividade também pode ser feita de diferentes maneiras, de acordo com a idade e o grau de habilidade desenvolvido. Para deixar a brincadeira ainda mais atrativa e divertida, você pode experimentar diferentes corantes para tingir a água, Colocar objetos coloridos e brilhantes para serem removidos dos recipientes com os dedos ou com uma colher.

 Se a criança for pequena, pode começar transferindo a água de um copo para uma bacia. À medida em que ela vai adquirindo destreza, que tal experimentar recipientes com bocas menores, quem sabe incentivando até o uso de um funil. Também é possível treinar o uso de um conta-gotas e, para treinar o controle dos músculos da face, vale até experimentar fazer transferências utilizando um canudo! Neste último caso, é importante que o líquido seja potável, já que a criança pode acabar engolindo durante a brincadeira.


4. Estimular com atividades do dia a dia


As atividades práticas do dia a dia também são fontes riquíssimas de ensinamento. 

Na hora do banho, por exemplo, que tal tentar lavar beeeem entre os dedinhos e atrás das orelhas? A mesma coisa na hora de enxugar! A hora de vestir a roupa também pode ser um bom treino: será que a criança já tem idade para tentar se vestir sozinha? Colocar as meias? E tentar amarrar os sapatos?

Que tal pedir a ajuda dela para guardar algumas compras no armário? Ou mesmo organizar os próprios brinquedos na estante! Tudo isso exercita os pequenos músculos das mãos e dos dedos além de ajudar a incluir a  criança na rotina e nos afazeres da família, o que é sempre positivo, se tiver de acordo, é claro, com sua idade e suas capacidades.


5. Papéis, lápis, canetas e tesouras!


Um papel em branco é sempre um convite à imaginação, não é mesmo? E as criações artísticas também podem trazer muito aprendizado e treino de coordenação motora fina para as crianças. 

À medida que a criança vai crescendo e demonstra mais destreza, é bem legal incentivar criações com novas ferramentas e maiores níveis de dificuldade, como desenhar com materiais diferentes (lápis, canetas, giz de cera, canetinhas hidrográficas, pincéis) e em papéis com mais ou menos resistência (lixa, papel manteiga, papel camurça, cartolina).   Pintar dentro de um espaço delimitado, cobrir pontilhados e, com uma tesoura sem ponta e a supervisão de um adulto, o treino de recortar e montar uma colagem são atividades bastante estimulantes. 


O importante é criar momentos felizes e de muita aprendizagem com amor. Podemos oferecer momentos valiosíssimos aos pequenos com materiais que temos em casa e com atividades muito simples que, com toda a certeza, farão toda a diferença para o seu desenvolvimento.

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