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Erros Ortográficos no processo de Alfabetização 

Até quando os erros ortográficos são normais durante o processo de alfabetização e quando precisam de intervenção?

Errar faz parte do processo de alfabetização. Mas… até que ponto os erros ortográficos são comuns no desenvolvimento da escrita e quando passam a ser um sinal de alerta para pais, professores e especialistas?

Neste artigo, vou te explicar os erros mais comuns durante o processo de alfabetização, até quando eles são esperados e quando é hora de buscar intervenção especializada!

Antes de tratarmos especificamente sobre erros ortográficos, é preciso ponderar sobre o fato de que só aprendemos a escrever, escrevendo. Assim, devemos incentivar as crianças a escreverem o mais que puderem e o que quiserem. Textos espontâneos orientados pelo professor são uma boa alternativa para fomentar/promover a prática escrita. Podem ser bilhetes, histórias, notícias, poesias etc., sempre considerando o interesse do aluno, deixando fluir sua imaginação. Uma vez estimuladas a escrever, devemos passar a analisar os erros ortográficos cometidos, preparando o processo de reestruturação ortográfica. No primeiro momento, não devemos nos preocupar excessivamente com os erros que a criança comete, visto que são normais para esta fase do processo.


Afinal, quais são os erros mais comuns durante o processo de alfabetização?


1. Erros ortográficos mais comuns na alfabetização:

Tipos comuns de erros ortográficos:


  • Troca de Letras (Fones/Fonemas): Substituição de letras por outras que têm som parecido ou que estão relacionadas à fonologia. 
  • Exemplo: Trocar "f" por "v" (ex: "faca" por "vaca") ou "b" por "p".  Ou ainda trocar "m"/"n", "ão"/"am": pela dificuldade em perceber a nasalização.


  • Omissão de Letras: Falta de letras em palavras escritas, geralmente por não perceber todos os sons que compõem a palavra. 
  • Exemplo: Escrever "prato" como "pato". 


  • Hipercorreção: Uso excessivo e incorreto de uma regra ortográfica já aprendida, aplicando-a em contextos inapropriados. 
  • Exemplo: Usar "s" em vez de "z" para tudo o que soa como "z". 


  • Erros de Segmentação: Confusão entre os espaços de palavras, levando à junção de algumas e à separação de outras de forma incorreta. 
  • Exemplo: Escrever "um gato" como "umgato". 


  • Erros Acentuais: Ausência do uso de acentuação em palavras onde ela é necessária. 
  • Exemplo: Escrever "policia" em vez de "polícia". 



Por que esses erros ocorrem:

 São muitas as causas das ocorrências de erros ortográficos. E elas variam de criança para criança. No entanto, podemos considerar 3 hipóteses para explicar porque eles acontecem:


  • Fase de Hipótese: O aprendizado da ortografia é um processo em que a criança constrói e generaliza hipóteses. 
  • Oralidade e Escrita: A criança pode ter dificuldade em entender que a escrita não é apenas uma transcrição fonética da fala, mas possui regras e convenções. 
  • Dificuldades Fonológicas: Podem existir problemas na consciência fonológica, que envolvem a capacidade de identificar e manipular os sons da fala. 


Lembre-se! Todos esses erros fazem parte do processo de construção da escrita.


2. Até quando esses erros são comuns?

 Em geral, até o 2º ano do Ensino Fundamental é esperado que as crianças apresentem erros ortográficos frequentes.

  • No 1º ano → erros são mais intensos e fazem parte da fase inicial.
  • No 2º ano → espera-se que comecem a diminuir gradativamente.
  • A partir do 3º ano → a criança já deve apresentar maior estabilidade ortográfica, com menos trocas.


3. Quando os erros exigem intervenção?

 Atenção se a criança:

  • Mantém os mesmos erros de forma persistente após o 3º ano.
  • Escreve de forma muito lenta ou com esforço exagerado.
  • Demonstra dificuldade em perceber sons das palavras (consciência fonológica).
  • Apresenta histórico familiar de dificuldades de leitura/escrita (dislexia, por exemplo).
  • Mostra impacto na autoestima ou recusa em escrever.

Nesses casos, é importante que o professor ou psicopedagogo utilize estratégias específicas de intervenção.


4. Como intervir de forma eficaz?

É aqui que entram recursos como a coleção de jogos Escolha Certa da FocoEnsina, que:

  • Trabalham de maneira lúdica as principais trocas ortográficas.
  • Estimulam atenção, memória, consciência fonêmica e vocabulário.
  • São práticos (em PDF) e vêm com sugestões de aplicação passo a passo, facilitando a vida do professor e garantindo resultados mais consistentes.


Então, não se esqueça:

  • Errar é normal — até certo ponto.
  • Persistir no erro, sem avanço, é sinal de alerta.
  • O caminho para superar essas dificuldades é a intervenção pedagógica estruturada, com atividades planejadas e eficazes.


 Quer um recurso prático e eficiente para trabalhar ortografia com seus alunos?
Conheça a coleção de jogos Escolha Certa da FocoEnsina e veja a diferença na prática!


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O PRELEC (Protocolo de Avaliação dos Pré-Requisitos para Leitura, Escrita e Compreensão) vai além da avaliação de desempenho escolar: ele mede as habilidades cognitivas fundamentais que formam a base da alfabetização. Antes de aprender a ler e escrever, é essencial que a criança desenvolva pré-requisitos bem estruturados , garantindo que a aprendizagem seja eficiente e duradoura. Principais pré-requisitos para alfabetização 1. Atenção sustentada e seletiva A criança precisa manter o foco em atividades de leitura e escrita, filtrando distrações e codificando novas informações de forma eficaz . 2. Memória de trabalho Permite manipular e reter informações enquanto lê, escreve ou realiza cálculos, sendo crucial para compreensão e planejamento de tarefas. 3. Consciência fonológica Habilidade de identificar, segmentar e manipular sons da fala , fundamental para decodificar palavras e escrever corretamente. 4. Orientação espacial e temporal Essas habilidades são essenciais para: Compreender a sequência de letras e palavras; Organizar ideias no papel; Interpretar conceitos de tempo em textos e tarefas. 5. Funções executivas Incluem planejamento, flexibilidade cognitiva e autorregulação, permitindo: Organizar pensamentos; Resolver problemas; Adaptar-se a novas tarefas ou regras. 6. Coordenação motora fina A criança precisa desenvolver controle motor preciso para escrever letras e números , recortar, desenhar e usar materiais escolares. 7. Linguagem oral estruturada Uso adequado de vocabulário e construção de frases que facilitam a compreensão textual e expressão escrita . Como o PRELEC avalia esses pré-requisitos O protocolo combina tarefas práticas, observação detalhada e análise quantitativa , permitindo aos profissionais: Diagnosticar dificuldades precoces ; Planejar intervenções pedagógicas personalizadas ; Acompanhar o desenvolvimento ao longo do tempo , desde a alfabetização até a vida adulta. Cada tarefa é desenhada para ser clara, motivadora e cientificamente precisa , garantindo resultados confiáveis e aplicabilidade imediata no contexto escolar ou terapêutico. Relação com a BNCC e a neurociência O PRELEC está alinhado à BNCC , contemplando competências de: Reconhecimento do sistema alfabético; Consciência fonológica e fonêmica; Compreensão e produção textual; Raciocínio lógico, sequenciação e classificação; Funções executivas, como autonomia e pensamento crítico. Além disso, fundamenta-se em neurociência cognitiva , observando como: Dos 5 aos 7 anos: atenção e consciência fonológica se consolidam; Dos 7 aos 12 anos: memória de trabalho e funções executivas se expandem; Adolescência e vida adulta: autorregulação e pensamento abstrato se refinam. Se você quer garantir uma alfabetização sólida e preparar crianças para o sucesso escolar , o PRELEC é a ferramenta ideal para avaliar e fortalecer todos os pré-requisitos essenciais.
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